24 janeiro 2022

9 coisas que você precisa saber antes de fazer sexo anal

Se você está curiosa sobre sexo anal, fique tranquila.. você não esta sozinha. Pode parecer tabu, mas verifica-se que mais de 1 em cada 3 mulheres de 19 a 44 anos já tentou sexo anal pelo menos uma vez. 
Algumas coisas são claras: antes de experimentar, vale a pena dedicar um tempo para discutir o que saber, o que evitar e como se preparar para o sexo anal para tornar a experiência incrível. 











O sexo anal carrega toda uma bagagem de sofrimento, dor e desconforto, mas venho te afirmar com toda certeza de que ele não precisa ser assim, pelo contrário! Se praticado da forma correta, ele será confortável e prazeroso para ambos os envolvidos. 

1 - NÃO DEVE DOER!
Pode parecer uma sensação estranha, mas feito corretamente, o sexo anal não deve ser doloroso. Evite experimentar se tiver hemorroidas ou problemas digestivos e use bastante lubrificante. Ao contrário da vagina, o ânus não cria sua própria lubrificação durante a excitação. Experimente o lubrificante à base de silicone ele é mais espesso e não seca como os lubrificantes à base de água.

2 - NÃO VAI RELAXAR VOCÊ
Algumas pessoas temem que o sexo anal leve à incontinência, o que não é o caso. O ânus se estica para acomodar um pênis ou brinquedo sexual que entra e depois volta ao normal.

3 - PODE CAUSAR UM ORGASMO
Para algumas mulheres, o sexo anal é bomO ânus tem um rico suprimento nervoso, o que pode tornar as coisas muito intensas e, para algumas mulheres, resultar em orgasmo. Se você não gozar com o sexo anal, no entanto, não há razão para se martirizar. A maioria das mulheres é capaz de atingir o orgasmo somente através da estimulação do clitóris. 

4 - COMECE DEVAGAR
A primeira vez que fizer sexo anal, experimente depois de já ter chegado ao orgasmo, seu corpo já estará relaxado e mais receptivo a esse tipo de estimulação. Ou você pode tomar um banho juntos e permitir que seu parceiro massageie suavemente a área com um dedo ensaboado. Experimentar na banheira ou no chuveiro também pode fazer você se sentir "limpo", uma preocupação comum entre os novatos. Uma coisa com a qual você não precisa se preocupar com o fato de seu parceiro atingir qualquer matéria fecal. Os resíduos são mantidos muito mais acima, no intestino grosso, e não entram em contato com um dedo ou brinquedo. Quaisquer vestígios serão removidos através da lavagem.

5 - COMUNICAÇÃO!
Antes de tirar a roupa, converse com seu parceiro e considere ter uma palavra segura, uma palavra-código que não tem nada a ver com sexo (como "abacaxi") que faz tudo parar rapidamente. Esta pode ser uma estratégia inteligente em qualquer nova situação sexual. Seu parceiro pode não ser capaz de dizer se você está gemendo de prazer ou dor, então ter uma palavra de código no lugar pode deixar vocês dois confiantes de que estão na mesma vibe e sintonia durante o ato.

6 - NÃO USE A CHUCA!
Uma evacuação recente e água e sabão é tudo que você precisa para deixar tudo limpo novamente. Uma chuca pode ser desnecessariamente complicada e pode irritar o ânus e o revestimento intestinal. Lave exteriormente com água e sabão, isso será o suficiente.

7 - USE PRESERVATIVO!
Mesmo se você estiver em um relacionamento monogâmico, os preservativos são uma boa ideia quando se trata de sexo anal. Por quê? Por um lado, eles reduzem o atrito para fornecer uma entrada mais suave. Segundo, como o tecido anal é frágil e suscetível a lágrimas microscópicas, fazer sexo anal sem camisinha pode fazer com que as bactérias que já estão no canal anal entrem na corrente sanguínea o que não é bom. E use um preservativo separado para cada ato sexual (como se você estivesse passando do sexo vaginal para o sexo anal). Apenas certifique-se de não usar um lubrificante à base de óleo com um preservativo, pois o óleo pode degradar o látex e fazer com que o preservativo se rompa. 

8 - USE BRINQUEDOS
Os brinquedos podem ser uma ótima maneira de explorar o canal anal. Certifique-se de encontrar um brinquedo adequado para sexo anal que tenha uma base que se alargue. Tentar um pequeno plug anal pode fazer com que seu corpo se acostume com a sensação de plenitude e deixá-lo determinar se é ou não prazeroso para você.

9 - NÃO FAÇA SEM VONTADE
Embora muitas mulheres achem prazeroso, não é essencial riscar sua lista de desejos sexuais . O sexo deve ser divertido, e se a ideia não te excitar, não há problema em se ater ao seu repertório do que funciona. Você não deve praticar o sexo anal apenas para agradar o seu parceiro ou presentea-lo, faça realmente quando se sentir bem e a vontade com a ideia.

Agora que você já se atentou as nossas dicas, esta mais preparada e tranquila para praticar sexo anal né Faça com que essa experiência seja boa e prazerosa pra você também e lembre-se de que o seu prazer deve estar sempre em primeiro lugar. 
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24 julho 2018

A madrugada de um sábado

Acordei com o barulho dos carros passando pela rua. Pego o celular e confiro as horas, ainda são apenas quatro da manhã, de um sábado. Provavelmente as pessoas nos carros estavam retornando para casa depois de uma noitada de bebidas e músicas estridentes no ouvido. Era para eu estar lá!
Sento escorando minhas costas na parece gelada. Sinto uma gota de suor percorrer minha testa. Caminho ate o outro lado do quarto, e lá esta o berço da minha bebê que acabará de fazer 4 meses. Abaixo o corpo e me aproximo de suas narinas para sentir se esta respirando. Dorme tão serenamente que parece nem estar ali. Meu cabelo cai em seu rosto, e fico de pé novamente temendo que ela acorde. Demoraria mais uma eternidade para fazê-la dormir outra vez.
Meus peitos estão doloridos e duros. No intervalo de tempo em que dormi se encheram de leite. Caminho ate o banheiro. Percorro a mão pela parede ate encontrar o acendedor. Acendo a luz e me encaro de frente para o espelho, como se estivesse em transe.
Ali estava eu. Pesando 44kg, com os cabelos despenteados e as unhas roídas. Rejeito a mulher que vejo naquele reflexo, e começo a me questionar se não seria por este motivo que naquele momento eu estava solteira. Puxo os meus poucos fios de cabelo para o lado e percebo que alguns se soltam entre os meus dedos. Nos últimos meses comecei a ter entradas de careca devido a minha queda capilar.
Me lembro do que havia ido fazer no banheiro e dou dois passos para o lado. Começo a abaixar o short, e me posiciono para sentar. Ouvidos atentos em qualquer som que minha bebê fosse emitir. Ouço o choro. Por um momento, imagino que alguém pudesse levantar e ver o que estava acontecendo, apenas daquela vez, mais me lembro que minha família defendia a tese, de que quem colocou no mundo que crie. Me levanto da privada sem nem ao menos ter começado a urinar e corro para o quarto tentando fazer o mínimo de barulho.
Pego a bebê no colo e a acolho em meus seios. Sinto a fisgada da gengiva agarrando o bico dos meu seio e murmuro de dor. Acendo a abajur e coloco um pano em cima para bloquear um pouco da luz.
Me sento na beirada da cama e aproveito para conferir minhas redes sociais, pouco movimentadas por sinal. Abro o WhatsApp, e a mensagem que eu tanto queria que estivesse lá, não estava. Abro o perfil, e confiro o visto por último. 3h46m da  manhã. Ele estava em alguma festa, ou com outra, constato. Sinto a lágrima percorrer minhas bochechas e jogo o celular de volta na cama. Tento de todas as formas rejeitar os pensamentos que se enfiavam na minha cabeça, mais não consigo.
Tomada pelas lágrimas, deito com a cabeça encostada no travesseiro e apoio a bebê em um dos braços, fazendo uma barreira entre ela e a beirada da cama, com meu corpo magro.
Tento puxar o peito, mais sempre que tento, ela resmunga como quem fosse acordar. Acabo deixando, e entrego meu corpo ao cansaço que vem me dominando a dias. Pego no sono com a preocupação de que minha bebê irá dormir sem arrotar, mais não consigo ficar acordada. Faz dias que não durmo... só hoje, só hoje! Fecho os olhos e apago a minha mente.
Lembro apenas de alguns fragmentos de um sonho. Me vejo feliz, correndo de mãos dadas com minha filha em um campo florido. O vento bate levemente em meu rosto. Vestíamos roupas brancas e por trás da minha orelha, pendia uma flor amarela. O sol de fim de tarde realçava os cabelos claros da minha menina. Naquele sonho ela devia ter por volta de dois aninhos. Estávamos felizes e eu estava bem. Não parecia a mesma mulher que eu havia visto no reflexo do espelho. Não existe som. Apenas as gargalhadas e o barulho das folhas de alguns pinheiros se balançando. Onde eu estava? Não conseguia decifrar. Corríamos em direção a uma cabana azul, com uma chaminé, e telhado cor de terra.
Nunca tive a oportunidade de decifrar o que existia naquela cabana. Despertei com o sol das sete, batendo na janela do meu quarto. Me apeguei aquele sonho para seguir em frente, desde então. 
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17 julho 2018

Como engravidei aos 15 anos?



























Devo começar do inicio. De onde todas as pessoas normais devem começar. Respiro fundo, fecho os
olhos e busco no fundo da minha memória alguns vestígios da minha vida antes da maternidade.
Me lembrei de um dia na beira de uma lagoa, fazendo um churrasco com alguns amigos. Som alto, bebidas, uma boia inflável. Risadas embriagadas e planos para o próximo fim de semana. Eu não me preocupava em molhar o cabelo, tinha feito progressiva a poucas semanas. Não me preocupava por usar biquíni, afinal de contas tinha um corpo impecável.
Antes que você se questione, sim, eu tinha um namorado. Estudava. Tinha várias amigas. E quatorze, QUATORZE, você não leu errado, eu tinha quatorze anos de idade. Fui parte daquela porcentagem do índice brasileiro, que decepcionou os pais adiantando algumas fases da vida.
Respiro fundo novamente, seguro um suspiro, abro os olhos e enxergo claramente minha realidade de hoje. Tenho 18 anos, um bom emprego, uma casa, e uma filha. Uma linda filha, saudável e esperta.
Tento me focar nos dias atuais, mais me rendo novamente as minhas lembranças do passado.
No dia 11 de outubro de 2015, decidi fazer uma viagem. O destino era Rio de Janeiro. Peguei o ônibus com o rosto coberto de lágrimas por ter que despedir do meu namorado. Mesmo que estivéssemos em crise no nosso relacionamento, era com ele que eu passava todos os meus dias. Sempre que ele saía do trabalho, nos encontrávamos e íamos para casa dele. No outro dia cedinho eu ia para para a escola e ele para o trabalho. Me buscava todos os dias para almoçarmos juntos e a noite, a mesma rotina se repetia. Foi assim durante todo o tempo em que estivemos juntos.
Cheguei no Rio de Janeiro no dia 12 de outubro. Fiquei certa de 15 dias. Nos comunicávamos todos os dias por telefone, além de trocar várias mensagens.
No início da minha segunda semana no Rio de Janeiro, meu anticoncepcional acabou. Pensei em comprar, mais se comprasse o remédio, não sobraria dinheiro o suficiente para ficar mais dias e voltar para minha cidade. Na época ele custava cerca de 80$, era o Yas. Ah, já ia me esquecendo! Devo explicar uma outra parte da minha vida. Em 2013, pouco tempo após minha primeira menstruação, fui diagnosticada com endometriose, uma das heranças genéticas da minha mãe. Sempre que ia menstruar, sentia muita cólica, de chegar ao ponto de ter que ir para o hospital. Por isso, fui ao ginecologista mesmo muito nova, e lá estava meu útero ferrado. Devido a este problema, fui receitada com este anticoncepcional extremamente caro para quem fazia parte da classe média baixa, não que eu tenha deixado de fazer.
Bem vinda ao clube de mulheres com uma em um milhão de chances, de poder ter um filho.
Obviamente, ter um filho não era minha prioridade na época. Então eu só me importava com as consequências desse problema, e principalmente a dor.
Tive que beber uma xícara de café para ativar meus olhos que já estão bastante sonolentos a essa hora da noite. Valentina dá uma tosse, que me preocupa por estar com o peito carregado. Ela revira de um lado para o outro na cama, e volta a dormir. Olho a hora, e conto que tenho apenas mais cinco horas para dormir, porque no dia seguinte preciso acordar as seis para levá-la a creche.
De volta a minha viagem... Acabei não comprando o anticoncepcional. Aproveitei meus últimos dias na cidade maravilhosa e voltei para Guanhães.
Não irei dar detalhes de quão grudados passamos os dias após o meu retorno. Qualquer oportunidade que tínhamos para ficarmos juntos, aproveitávamos.
O mês de novembro chegou, e no dia nove comemoraríamos um ano de namoro. Fecho os olhos novamente, e quase não os abro pelo sono que esta intenso demais, quase me embalando. Me recuso a dormir sem finalizar essa história.
Dia oito de novembro, inventei uma mentirinha. Disse que iria para o clube com minhas amigas logo após o almoço e que só poderia vê-lo a noite. Chateado, concordou. Questionou por não ficarmos juntos no nosso dia, mais fazia questão que eu me destraisse um pouco.
Acordei cedo no sábado, e pedi minha mãe que me levasse para a casa dele. Conferi se o carro dele já estava na porta do trabalho, para ter certeza de que ele não estava em casa. Tudo certo! Fui para a casa dele, com uma bolsa, cheia de pacotes de balão, velas, cartões e porta retratos. Contei para a família dele que faria uma surpresa, e fiz.
Enchi cerca de 500 balões. Enfeitei todo o quarto, e esperei que ele chegasse.
Feliz um ano de namoro! E tharannnn! Valentina foi concebida no dia 09/11/2015, e disso também não irei dar detalhes.



























Algum tempo depois, cerca de duas semanas, comecei a sentir muita cólica. Fui pro hospital uma vez desmaiada de tanta dor, e me disseram que era normal. Agendei uma consulta com o ginecologista.
   _ O que exatamente você esta sentindo?
   _ Cólica, muita cólica.
Contei todo o meu diagnóstico de 2013, e ele me deixou claro que não havia possibilidade nenhuma de ser uma gravidez. Me receitou um remédio e pediu exames laboratoriais e um ultrassom, que foi agendado para terça feira da próxima semana.
Saí do consultório e comprei o remédio. Uma das enfermeiras que havia me atendido no hospital trabalhava na farmácia, e achou estranho a minha cólica ainda não ter passado.
Quando cheguei em casa, tomei o remédio. Senti um gosto estranho, amargo. Foi aí que li a bula. Lá dizia claramente que o remédio não era indicado para gestantes e lactantes, mais eu não me preocupei, ate porque não havia possibilidade de ser uma gravidez, de acordo com o médico.
Continuei tomando o remédio nos dias seguintes, de oito em oito horas. Ate que chegou o dia 30 de novembro. O dia da minha ultrassom. 
Fiquei sentada na sala de espera junto com minha mãe. O tempo passava de forma pesada. Chegando a minha vez, entrei. O médico pediu que eu me despisse e colocasse uma camisola. De início fiz a transvaginal para ver se havia algo de anormal, e por mais incrível que pareça, tudo estava normal. O médico estava em silêncio, não dizia nada.
Passou o gel na minha barriga. Senti um frio percorrer a minha espinha. O teto era branco, as luminárias pendentes no teto embaçavam meus olhos. Senti o aparelho de ultrassom percorrer a minha barriga, de um lado para o outro. Desviei meus olhos do teto e encarei o monitor, mais não conseguia enxergar nada além de borrões.
   _Você tem sentido algum sintoma? -perguntou interrompendo o silêncio.
   _ Sintomas de que? -perguntei, sem entender o motivo da pergunta.
Ele fixou os olhos no monitor, como quem quisesse confirmar o que estava vendo e me respondeu:
   _ Dor nos seios, enjoô, sono, náuseas?
Minha voz não saía. Senti as lágrimas embaçarem os meus olhos. Eu já havia entendido o que estava acontecendo, mesmo sem sentir nenhum daqueles sintomas.
   _ Não senti nada disso. -respondi sem fôlego.
Ele retirou o gel da minha barriga. Assinou um papel, e pediu para que eu me vestisse. Fui para o banheiro e vesti minha roupa, sem entender nada daquilo que estava acontecendo. Quando retornei e me sentei, ele me disse o resultado do exame.
   _ Notei algo de diferente no seu ultrassom. Existe uma grande possibilidade de você estar grávida, mais ainda não posso te confirmar, por ser muito recente.


















Não sabia o que responder, o que pensar, ou como agir. Eu tinha apenas 15 anos. Aquilo não podia estar acontecendo comigo. Era o fim dos meus dias! As lágrimas invadiram meu rosto, e eu só conseguia imaginar o quanto eu estava ferrada.


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